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Mapas de pH do solo do Brasil (90 m - Versão 2021)

 



















Fonte: Autor


Importância do pH do solo para o Agronegócio

O pH do solo é sua medida de acidez e alcalinidade. Os níveis de pH variam de 0 a 14, sendo 7 neutro; abaixo de 7, ácido; e acima, alcalino. Quanto aos solos brasileiros, é ideal que sejam levemente ácidos, com faixa de pH em água entre 5,5 a 6,0 ou pH entre 4,9 a 5,4 em CaCl₂ 0,01 M. Essa é uma regra geral, ressaltando-se que várias plantas têm se adaptado para valores fora dessa faixa, sendo necessário analisar cada caso.


O principal problema do pH com valores menores que esses é o surgimento de Al3+ (alumínio na forma trocável), que causa toxidez às plantas, ocupa as cargas das argilas, impede que os cátions essenciais (como cálcio – Ca; magnésio – Mg; potássio - K) permaneçam no sistema. Quando o pH está entre as faixas citadas acima, todo o Al3+ do sistema é neutralizado, trazendo diversos benefícios às plantas, como a maior disponibilidade de Ca, Mg e K.

A análise de solo indica, entre outros índices, o valor do pH, e, portanto, é essencial para a prática da calagem, que pode corrigir a acidez do solo. Essa redução de acidez promove o aumento da disponibilidade de fósforo e molibdênio, diminuindo a disponibilidade de micronutrientes metálicos, como manganês, ferro, zinco e cobre. Em síntese, os níveis de pH controlam vários processos químicos que acontecem no solo, especificamente a disponibilidade de nutrientes para a planta. Por isso é vital manter níveis adequados para que as plantas atinjam todo o seu potencial.


Mapas de pH do solo do Brasil (90 m - Versão 2021)


Os mapas de pH dos solos do Brasil e seus mapas de incerteza, na resolução espacial (tamanho de pixel) de 90 m, foram produzidos por mapeamento digital de solos a partir de dados legados de solos, covariáveis geoespaciais disponíveis gratuitamente e software livre. Eles foram produzidos como parte integrante do Programa Nacional de Levantamento e Interpretação de Solos do Brasil (PronaSolos) e financiados pelo projeto Embrapa 10.18.03.024.00.00 intitulado "Mapas Nacionais de Atributos do Solo: Contribuição ao PronaSolos, GlobalSoilMap e Aliança Mundial pelo Solo". O relatório técnico anexado ao mapa apresenta a metodologia usada, estatísticas dos dados de entrada e mapa produzido, índices de erro das predições, forma de citação do mapa e aviso sobre o seu uso. Agradecemos aos provedores dos dados de solos, covariáveis geoespaciais e software usados.

O mapa de pH do solo a 0-5 cm do Brasil e seus mapas de incerteza contém erros e pixels com valores faltantes. Pixels contendo solos rasos, afloramentos de rocha, dunas, áreas urbanas e corpos d'água não foram excluídos da análise. Os autores, contribuidores e suas instituições se isentam de qualquer responsabilidade sobre danos e prejuízos advindos do uso direto ou indireto dos mapas. Perguntas e sugestões para melhorar a qualidade dos mapas são bem-vindas.

O mapa em formato raster GeoTIFF está disponível no link <http://geoinfo.cnps.embrapa.br/documents/3240>;
Os mapas de incerteza em formato raster GeoTIFF estão disponíveis no link <http://geoinfo.cnps.embrapa.br/documents/3373>;
O relatório técnico está disponível no link <http://geoinfo.cnps.embrapa.br/documents/3371>.

 

Dados do solo: Os dados do perfil do solo foram coletados do Sistema de Informação de Solos Brasileiros (https://www.sisolos.cnptia.embrapa.br), Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (http://www.esalq.usp. br/gerd), Sistema de Proteção da Amazônia (não online), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (https://www.ibge.gov.br) e Solos do Nordeste do Brasil (http://bd1.uep. cnps.embrapa.br) fontes de dados. Após verificação parcial de erros, remoção de perfis de solo duplicados e remoção de locais sem coordenadas geográficas, restaram 8.950 Locais.

Covariáveis ​​geoespaciais: 58 camadas geoespaciais representando subordens de solo e biomas brasileiros (2 camadas; https://www.ibge.gov.br), clima (18 camadas WorldClim; https://www.worldclim.org), vegetação (5 MODIS bandas e 2 índices de vegetação; https://modis.gsfc.nasa.gov), relevo (SRTM DEM e 26 atributos derivados; https://earthexplorer.usgs.gov) e coordenadas geográficas (4 camadas) foram preparados como 90 m rasters de resolução espacial em SAGA GIS (Conrad et al., 2015), QGIS (QGIS Development Team, 2021) e R (R Core Team, 2020) usando o pacote raster (Hijmans, 2020).

Preparação dos dados: O pH do solo em 0-5, 5-15, 15-30, 30-60, 60-100 e 100-200 cm foi calculado como a média ponderada em profundidade do pH dos horizontes ou camadas do solo dentro desses intervalos de profundidade , respectivamente. Os valores das covariáveis ​​ambientais foram extraídos para os locais de solo por sobreposição espacial. Outliers de pH do solo foram identificados por boxplots de pH por subordem de solo e bioma, e removidos. As amostras restantes foram divididas aleatoriamente em conjuntos de treinamento (~80%) e validação (~20%).

Previsão: 17 covariáveis ​​geoespaciais foram selecionadas para modelagem do pH do solo, removendo covariáveis ​​com artefatos espaciais indesejáveis ​​e covariáveis ​​altamente correlacionadas (colineares), mantendo aquelas com maiores correlações com o pH. Um conjunto de sete modelos foi usado para prever o pH do solo em cada um dos seis intervalos de profundidade (0-5, 5-15, 15-30, 30-60, 60-100 e 100-200 cm) em função da 17 covariáveis ​​geoespaciais selecionadas. Os modelos combinados incluíram regressão linear múltipla stepwise, regressão de mínimos quadrados parciais, splines de regressão adaptativa multivariada, cubista, floresta aleatória, aumento de gradiente extremo e regressão ponderada de k vizinhos mais próximos. Os parâmetros individuais do modelo foram otimizados por validação cruzada de dez vezes, e suas previsões foram combinadas por mínimos quadrados generalizados usando os pacotes caret (Kuhn, 2020) e caretEnsemble (Deane-Mayer e Knowles, 2019) em R. O pH do solo foi previsto na 90-m pixels em todo o Brasil.


Manual de Métodos de Análise de Solo - Embrapa


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